Entrevista de Káah Azamba;

Todas as perguntas e respostas aqui contidas foram retiradas do site https://www.whohub.com/kaahazamba .

Seu Espaço FAQ

Em que sapatos você se encontra mais cômodo: primeira pessoa ou terceira pessoa?

Depende da obra. Quando é algo que encobre suspense prefiro em primeira pessoa, já que mostra apenas os pensamentos do personagem que está narrando, e uso terceira pessoa em alguns trechos pequenos. Terceira pessoa é bom para fazer com que o leitor sinta-se de alguma forma responsável pelos fatos que ocorrem na história.

Você é igualmente hábil contando historias oralmente?

Com certeza não. Meu dom com palavras se restringe à escrita pela possibilidade de reescrever ou editar se preciso. Com as palavras não têm como, pois o que foi dito, dito está.

Profundamente em sua motivação, para quem você escreve?

Para mim mesma. É até estranho, mas quando preciso insultar algo, insulto a mim; quando preciso amar algo, amo a mim; quando preciso correr riscos, eu quem o faço. Exceto alguns poemas feito exclusivamente para as pessoas que amo.

Escreve como terapia pessoal? Os conflitos internos são uma força criadora?

Seria terapia caso fizesse um diário com todas as frustrações que a vida me causa, então definitivamente não é uma terapia, se define mais como um prazer. Agora, a perturbação das coisas que escrevo, a monstruosidade e até mesmo a indignação que pode causar nas pessoas, é exageradamente meus problemas internos projetados de forma mista: o irreal com o real.

Que disciplina você se impõe para horários, metas, etc.?

Horas não funcionam comigo porque minha vida é muito imprevisível, por isso prefiro metas com objetivos reais. Sou complexa, por isso metas que não estão fundamentadas em objetivos são descartadas ao longo do caminho. Talvez a minha disciplina seja não ter disciplina, apenas viver a vida.

Você escreve na tela, imprime com freqüência, corrige em papel...? Como é seu processo?

Prefiro escrever no computador pela facilidade de corrigir os erros e dar mais detalhe as coisas, porém sempre que faço uma certa quantia de páginas gosto de imprimir e ler tudo novamente folheando e imaginando como será a reação do leitor. E quando estou prestes a desistir de uma obra, imprimir e tocá-la geralmente me motiva a continuar.

O que você me recomenda fazer com todos esses textos que venho escrevendo há anos mas nunca os mostrei a ninguém?

Primeiro; veja se eles tem ligação, se sim monte uma ou duas histórias com eles, caso contrário monte contos separados, ou um livro de poesias. Segundo; edite todos, afinal se passou um certo tempo e provavelmente sua escrita melhorou muito. Terceiro; deixe o medo de lado e vá à luta. Mostre sua obra sempre na expectativa de esperar críticas, não para evitar de se frustrar, mas porque as críticas nos fazem crescer.

Que técnicas funcionam para você para acalmar a mente em momentos de muita tensão?

Geralmente chá quente e cama com grossos cobertores, mas quando não é possível, prefiro meditar entre qualquer outra opção que poderia tomar. Até porque o ato em concentrar a mente na meditação afasta os problemas da mesma. O que a mente não pensa, não afeta nosso corpo.

Você vem ganhando nove vezes seguidas na roleta. Você continua porque está com sorte, ou abandona porque estatisticamente agora é sua vez de perder?

Abandono, porque a sorte tem seu limite e a vida adora nos testar. Sempre que percebe a nossa ambição pelo o que não se precisa, ela dá um jeito de nos colocar no chão, que é de onde todos se levantam.

Um pequeno prazer que para você é muito grande.

Comer (as comidas que eu gosto); fazer coisas novas ou que para muitos é sem importância; dormir em um ótimo colchão; ler textos que criem inspiração; escrever sobre meus mundos internos; passar todo tempo possível ao lado de quem amo.

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